Fortnite, um jogo tão viciante quanto a cocaína? Assim considera o Canadá.
Clique Novamente e Aguarde...Os criadores do videogame Fortnite, um dos mais populares do mundo, foram processados no Canadá por projetá-lo para ser viciante.
O Fortnite, lançado pela empresa americana Epic Games em 2017, permite que até 100 jogadores, individualmente ou em equipes, lutem em um campo de batalha virtual, tornando-se o último em pé.
É jogado por cerca de 250 milhões de pessoas e se tornou o videogame online mais popular do mundo. Ele até gerou uma legião de jogadores famosos, competindo em torneios internacionais com prêmios de milhões de dólares.
Um documento legal apresentado em Quebec em nome de duas crianças que brincam com devoção compara o Fortnite à cocaína, argumentando que ela causa a produção de dopamina, um neurotransmissor associado à gratificação.
A mecânica do Fortnite foi projetada para gerar dependência daqueles que jogam, diz o processo que foi aberto em 4 de outubro. Além disso, eles são acusados de criar uma estratégia semelhante à usada para cativar aqueles que apostam em máquinas caça-níqueis.
“O vício no jogo Fortnite tem consequências reais para a vida dos jogadores: muitos não comem nem tomam banho e param de socializar”, acrescenta o documento, que também menciona jogadores que foram forçados a procurar tratamento para o vício.
Jean-Philippe Caron, o advogado responsável pelo processo, disse à AFP que os criadores do jogo convocaram psicólogos para “ajudar a torná-lo mais viciante”.
A empresa falhou em “alertar sobre os riscos e perigos inerentes ao seu produto”. Argumentos semelhantes foram usados com sucesso em processos contra a indústria do tabaco.
Segundo o advogado, o Tribunal Superior de Quebec pode levar até um ano para deliberar se a ação coletiva é apropriada.
Se a ação for bem-sucedida, os desenvolvedores do Fortnite podem ser forçados a pagar “dezenas, até centenas de milhões de dólares” por compensação, estimou Caron.
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