Brasileiro é preso por contrabando de imigrantes em jet-ski do Canadá para os EUA
Clique Novamente e Aguarde...Um cidadão brasileiro, Wanderson dos Santos Freitas, residente em Toronto, foi preso por agentes do Border Patrol acusado de tentar contrabandear duas pessoas em um jet-ski do Canadá para os Estados Unidos, de acordo com a Procuradoria dos EUA.
Se for condenado por tráfico de pessoas para obter ganhos financeiros ou vantagem comercial, Dos Santos Freitas pode pegar um mínimo de três anos e um máximo de 10 anos de prisão, além de multa de $250 mil, segundo os procuradores adjuntos dos EUA, Charles M. Kruly e Jonathan P. Cantil, responsáveis pelo caso no Departamento de Justiça de Distrito Oeste de Nova York.
De acordo com as autoridades, Dos Santos Freitas estava pilotando o jet-ski com as duas pessoas, um outro brasileiro e uma cidadã da República Dominicana, a bordo no Niagara River, quando a moto aquática parou de funcionar devido ao frio intenso.
Os três foram vistos por um agente da Patrulha da Fronteira dos EUA na embarcação particular a cerca 20 metros da orla do Parque Estadual Beaver Island, em Grand Island.
De acordo com a Procuradoria dos EUA, Dos Santos Freitas tentou empurrar a embarcação para longe da costa quando os três notaram o agente. Mas o Jet Ski ficou preso no gelo e os dois brasileiros abandonaram a embarcação, atravessando o gelo até a costa tentando fugir.
A outra passageira, da República Dominicana, foi resgatada pela Grand Island Fire Company. Todos os três foram colocados sob prisão. Os dois imigrantes, identificados como Ângelo Valentim Zuccolotto e a dominicana, Andria Raposo Marte, foram colocados em processo de deportação.
Canadá vira alternativa aos EUA para brasileiros que querem emigrar
Toronto é uma das cidades mais visadas pelos brasileiros.
De acordo com a Agência Canadense de Imigração, Refúgio e Cidadania (CIC), mais de 92 mil brasileiros pediram visto para viver no país entre janeiro e setembro do ano passado. Entretanto, desde a vitória de Donald Trump – e, sobretudo, graças às promessas feitas durante sua campanha – tem crescido significativamente o interesse pelo vizinho ao norte dos EUA, segundo consultores especializados no tema.
Candidatos a migrantes se dizem atraídos pela qualidade dos serviços públicos do país e suas políticas para conquistar profisisonais estrangeiros. O índice de aprovação no pedido de vistos também é atrativo: quase 90% das solicitações ano pasado foram aprovadas. O número é 10% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior, subindo pelo terceiro ano seguido.
Para se ter uma ideia, brasileiros são, hoje, a quarta nacionalidade com mais pedidos de residência temporária no Canadá, atrás apenas de chineses, indianos e mexicanos. Pedidos de vistos de estudante, permissão de trabalho e de residência temporária, são os mais solicitados para iniciar o processo de mudança definitiva.
A impressão de muita gente agora é que hoje está mais fácil migrar para o Canadá do que para os Estados Unidos. Os efeitos das novas políticas migratórias anunciadas por Trump amplificam a insegurança quanto ao sonho de quem pretendia se mudar para os EUA.
É o caso de Bruna Ribeirode 25 anos. Ela contou ao Gazeta News que neste mês de fevereiro pretendia aplicar para o visto de estudante, mas amigos que vivem nos Estados Unidos a desencorajaram. A partir daí, a opção pelo Canadá se tornou a mais viável – ao menos na teoria, claro.
“Ouvi muitas coisas boas sobre o Canadá. Pretendo ir conhecer primeiro. Tenho amigos na minha cidade (Espírito Santo do Pinhal/SP) que viveram lá e estão me dando referências sobre como é a vida por lá”, explicou Bruna, que tem uma loja de paisagismo no Brasil, mas sonha em começar uma vida nova.
Interesse de amigos e familiares
Os brasileiros que já vivem no Canadá também vem percebendo o aumento do interesse de conterrâneos pelo país. Vivendo há 9 anos em Winnipeg, Rebeca Amorim, 28, informou que amigos e até familiares que estão no Brasil tem perguntado mais sobre o dia a dia dela na cidade e a respeito de formas legais para emigrar.
Ao Gazeta, Rebeca – que tem um casal de filhos e é casada com um brasileiro – disse que qualidade de vida, segurança e educação são os fatores que mais tornam o Canadá, na opinião dela, um país excepcional para viver. Nem o inverno rigoroso espanta. “Tentamos aproveitar o máximo as atividades do inverno. Não ficamos escondidos em casa”, frisou.
Pedir visto de estudante é um caminho usado por muitos brasileiros para se regularizar no país. Após a vitória de Trump, segundo algunas agências que assessoram migrantes, houve um aumento de mais de 50% nas consultas sobre formas de se mudar para o Canadá, enquanto as demandas sobre os EUA quase desapareceram.
O outro caminho é se cadastrar no programa federal de seleção de imigrantes, que avalia os requerentes por um sistema de pontos. Duas vezes por mês, os melhores colocados da lista são convidados a se mudar para o país como residentes. As 10 províncias canadenses também mantêm sistemas próprios de seleção, que visam suprir as necessidades locais de mão-de-obra.
Montreal, Québec, Toronto e Ottawa, maiores cidades canadenses, ainda lideram a preferência dos brasileiros quando o assunto é emigrar. Entretanto, cidades como London, Edmonton e Winnipeg, menos disputadas por causa do inverno rigoroso quando registram temperaturas de até 40 graus negativos, também já despertam o interesse dos brazucas. Se animou?!
Brasileiro é detido ao atravessar fronteira dos EUA para o Canadá
Um mineiro, que vivia ilegalmente em Framingham (MA) há 11 anos, foi detido ao atravessar a fronteira para Ontário, no Canadá, e é agora testemunha de investigação de um esquema de tráfico humano pela imigração canadense.
A detenção ocorreu em Cornwall, no início de fevereiro, pelo Cornwall Regional Task Force (CRTF). O brasileiro de 32 anos é natural de Sobrália (MG) e não teve o nome revelado por ser considerado testemunha em uma investigação de contrabando. Ele tentou fugir para o Canadá com a ajuda de contrabandistas e as autoridades canadenses investigam todo o esquema.
O mineiro alega que fugiu dos Estados Unidos depois que membros de gangues de sua cidade natal o encontraram em um subúrbio de Boston, onde trabalhava como pintor.Ele era um imigrante indocumentado que fugiu de extorsão e violência de gangues em Sobrália.
O pintor revelou às autoridades e para a imprensa local ter pago a quantia de $1.500 dólares a uma americana que o levou de carro em uma viagem de sete horas de Framingham até a fronteira canadense perto de Akwesasne, na manhã de 2 de fevereiro. O território, próximo ao rio St Lawrence, se estendepelo estado de Nova York, Ontário e Quebec.
De lá, ele seguiu de barco com um “coiote” pelo rio em uma travessia de menos de 10 minutos até a doca do Monte Carlo Motel, em Cornwall. Antes que o contrabandista fugisse, ele instruiu o brasileiro a entregar mais $3.500 dólares para seu parceiro, que estava esperando por ele em uma parada de ônibus do outro lado, mas foi preso pela imigração antes mesmo de entregar o dinheiro e levado imediatamente pela Força-Tarefa Regional de Cornwall (CRTF) para o Centro de Detenção de Ottawa-Carleton.
Em 13 de fevereiro, a Diretoria de Imigração e Refugiados (IRB) emitiu uma ordem de deportação, que foi adiada de acordo com a Lei de Proteção a Imigrantes e Refugiados (Immigration and Refugee Protection Act -IRPA), uma vez que a justiça exige que o brasileiro compareça ao tribunal para julgamento e abriu investigação de um possível esquema de contrabando humano.
Em 24 de março, o brasileiro foi liberado sob fiança, paga por um amigo de infância e seu contato no Canadá, e permanece no país sob a ordem de deportação que foi suspensa enquanto a investigação de contrabando está em curso, uma vez que terá que comparecer perante o tribunal como testemunha. A data do julgamento ainda não foi estabelecida.
Seu fiador, Ademir Desouza, que também é de Sobrália, pagou $ 5 mil dólares e está abrigando o brasileiro enquantio aguarda o julgamento. Em caso de fuga, o fiador terá que pagar outros $ 25 mil dólares. O pintor, porém, garante que quer e precisa permanecer no país e está colaborando com as investigações.
Autoridades prenderam também o suposto contrabandista em Saint Regis, Quebec. Segundo as estatísticas da Força-Tarefa Regional de Cornwall, as agências norte-americanas e canadenses de segurança nas fronteiras detiveram 77 pessoas que foram contrabandeadas na área no ano passado.Quarenta e dois deles estavam sendo transportados para o sul para os Estados Unidos, e 35 foram contrabandeados para o Canadá.
Fonte: Gazeta News
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